É comum associar as hortênsias com clima de inverno e regiões serranas, porém, se engana quem pensa que esta planta se desenvolve na estação mais fria do ano. Em Canela, por exemplo, o desabrochar das hortênsias começa em novembro, atingindo o ápice entre dezembro e janeiro, e continuando muitas vezes até o fim do verão, no mês de março. A poda deve ser feita após o inverno, podando somente as flores secas velhas. Se for podada antes, a planta vai brotar antes da hora e o frio vai matar os brotos novos. Se for toda podada, demora a dar flor, e provavelmente só brotará no próximo ano.

A hortênsia é originária da Ásia, de países como Japão, China, Coréia e Indonésia. A planta pertencente à família Hydrangeaceae e a espécie Hydrangea macrophylla é a mais cultivada. São mais de 600 variedades desta espécie nativa, obtidas através de cruzamentos e seleções. O nome Hortênsia é uma homenagem à francesa Hortense Lepante, esposa de um amigo do naturalista Philibert Commerson, responsável pela introdução da hortênsia na Europa no século XVIII.

Símbolo da Serra Gaúcha, a hortênsia é considerada uma das características que motivaram o desenvolvimento do turismo na região. A história conta que o largo do barranco que rodeava a curva da estrada Gramado-Canela, faixa que pertencia a Viação Férrea, estava rodeado de inço, e que daí surgiu a ideia de plantar hortênsias, famosas por eliminar o inço. A decisão de plantar as hortênsias, introduzindo elas na paisagem da Serra Gaúcha, foi do alemão Oscar Knorr.

A hortênsia se desenvolve em terrenos úmidos, bem drenados e na sombra. Os arbustos, que podem crescer entre 1,5 a 3 metros de altura, são bastante ramificados, com muitas flores e caule central grosso. Caracterizadas pelos cachos exuberantes em formato de buquê, as hortênsias dão um colorido todo especial na paisagem do Parques da Serra Bondinhos Aéreos, com seus tons de violeta, azul, rosa, branca e verde.